Sérgio de
Vasconcellos
Em Outubro de 1932, Plínio Salgado fundou o Integralismo. Nos meses subsequentes,
centenas de Núcleos Integralistas surgiram por todo o País. Em fins de
1932, Ovídio Gouvêa da Cunha, um jovem estudante de Sociologia, ouvindo falar
em Integralismo, dirige-se a São Paulo, e lá, encontra-se com Plínio Salgado e
M. Reale, dividindo a mesma mesa, numa modesta sala na Av. Brigadeiro Luis
Antônio Nº 12, a primeira Sede Nacional da A.I.B. O próprio Plínio Salgado
fornece-lhe alguns exemplares do Manifesto de Outubro. Voltando
ao Rio, Ovídio Cunha – que aderira ao Sigma -, encontra-se com Gustavo Barroso
e entrega-lhe um dos Manifestos, que recebera das mãos do Chefe
Nacional. Esse foi o primeiro contato do Autor de “Terra do Sol” com a Doutrina
Integralista.
Ovídio Cunha |
Prosseguindo em sua tarefa Revolucionária, Plínio Salgado vem ao Rio, em
1933, e pronuncia uma série de Conferências Doutrinárias no Salão da Associação
dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro. Ao final de uma delas - em que
demonstrava como a Filosofia Integralista conciliava o livre arbítrio, o
determinismo e o providencialismo -, um homem dirige-se a Plínio Salgado e pede
simplesmente um distintivo, o Chefe retirou o que usava na lapela e presenteou
o desconhecido. Tratava-se de Gustavo Barroso, e esse foi o seu segundo e
decisivo contato com o Integralismo.
O ingresso de Gustavo Barroso na Ação
Integralista Brasileira causara grande impacto na opinião pública, pois,
Barroso era figura de projeção nacional e internacional. Fundador do Museu
Histórico Nacional, Presidente da Academia Brasileira de Letras, ex-Deputado
Federal, Folclorista, Historiador, Museólogo, Romancista, Contista, enfim, um
homem brilhante, inteligentíssimo, com vasta produção literária em vários
campos do conhecimento, só superado por Coelho Neto em quantidade de livros
editados. No Integralismo foi Chefe da Milícia, e com a extinção desta,
Secretário Nacional de Educação (Moral, Cívica e Física) da A.I.B. Escreveu os
seguintes Livros Integralistas: “O Integralismo em Marcha”, “A Palavra e o
Pensamento Integralista”, “O Integralismo de Norte a Sul”, “Brasil – Colônia de
Banqueiros”, “História Militar do Brasil”, “Integralismo e Catolicismo”,
“Espírito do Século XX”, “O que o Integralista deve saber”, “O Quarto Império”,
“Comunismo, Cristianismo e Corporativismo” e outros. A leitura, não apenas de
suas Obras Integralistas, mas de todos os seus Livros, é recomendável a todos
os Brasileiros, particularmente, aos Integralistas, pois, neles se aprende
Brasil.


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