BARROSO, Gustavo. Brasil
– Colônia de Banqueiros. 2ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1934. Páginas 76, 78, 108.
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O rol demonstra que não é só o Brasil
a vítima do Super Estado Capitalista sem entranhas, mas o mundo inteiro. Daí a
sua aflição, a sua inquietação, a sua angústia, o seu desespero. Está
mergulhado num pego em que pululam as sanguessugas e estrebucha sugado por
todos os lados na lama ensanguentada. Um dia, os povos compreenderão a verdadeira
origem de todos os seus males e, então, as bichas vorazes e nojentas serão
duramente castigadas...
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(...) Os governos são caixeiros e
cobradores de banqueiros. A isso o liberalismo reduziu a Autoridade!
Triste, desgraçada condição a que nos
rebaixava a economia política cujos postulados eram vitoriosos na época, criada
e assoprada através dos livros, dos jornais e dos estadistas pelo capitalismo
em vias de pletora e sempre insatisfeito, para quem os povos não são mais do
que rebanhos que se tosquiam à vontade.
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(...) Onde outro remédio no Estado
Liberal abstinente em relação à economia e contentíssimo com a sua linda
soberania econômica? Quem é que, então, se atreveria a falar em economia
dirigida? A economia escapava ao Estado. Era do domínio individual. Todas as doutrinas
em voga sagravam este princípio fundamental da sociedade. E a superstição do
padrão-ouro, que ainda não sofrera a primeira quebra violenta, dominava o
mundo.