domingo, 10 de janeiro de 2016

Respigado de Brasil - Colônia de Banqueiros

BARROSO, Gustavo. Brasil – Colônia de Banqueiros. 2ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1934. Páginas 25, 28, 60, 66.
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Já é tempo de dizer a verdade ao povo brasileiro. Ela não consta, senão veladamente, das mensagens oficiais. Calou-a sempre a boca mentirosa ou covarde dos politicões do liberalismo. Embora acoimados pelos comunistas de servirem ao capitalismo, os Integralistas são os que até hoje têm tido a coragem de pregá-la – para que o colosso acorde, se espreguice, quebre as cadeias e, erguendo o tacape duma verdadeira liberdade, espatife os ídolos e os bezerros de ouro. (...)
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A sociedade chegou a um ponto de bastardia moral tão grande que não compreende mais que se condem os atos dessa natureza. Chama-se a isso habilidade. Aperta-se a mão e coroam-se com títulos os homens que desse modo procedem, enquanto se mete na prisão o desgraçado que furtou um níquel para matar a fome dos filhos. O argentarismo sem piedade ganha, assim, bilhões, pouco se lhe dando dos prejuízos alheios, das nações que de digladiam, do sangue derramado nos campos de batalha, das viúvas e órfãos sem pão, das economias de povos inteiros que se submergem nas voragens das bolsas! A isso chama com razão a voz da Igreja immodica possidendi libido e isso é a grande causa das aflições por que tem passado, vai passando e ainda há de passar o mundo.
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(...) Antes de nós, Integralistas, ninguém fizera o povo brasileiro descer aos círculos dantescos desse inferno de sua escravidão, que ele nem mesmo suspeitava e que é a grande causa de todas as suas aflições. Nós resolvemos mostrar-lhe a verdade doa em quem doer, aconteça o que acontecer!
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(...) É a idade que se caracteriza pelo culto do êxito, pela materialização da vida, pela divinização do ouro, pelo pragmatismo, sem o menor vislumbre de piedade para com os povos escorchados. O capitalismo científico faz do capital uma abstração monstruosa que vai devorar a sua própria sociedade com o monstro comunista que gerará. (...)