BARROSO, Gustavo. Brasil
– Colônia de Banqueiros. 2ª edição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1934. Páginas 25, 28, 60, 66.
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Já é tempo de dizer a verdade ao povo
brasileiro. Ela não consta, senão veladamente, das mensagens oficiais. Calou-a
sempre a boca mentirosa ou covarde dos politicões do liberalismo. Embora
acoimados pelos comunistas de servirem ao capitalismo, os Integralistas são os
que até hoje têm tido a coragem de pregá-la – para que o colosso acorde, se
espreguice, quebre as cadeias e, erguendo o tacape duma verdadeira liberdade,
espatife os ídolos e os bezerros de ouro. (...)
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A sociedade chegou a um ponto de
bastardia moral tão grande que não compreende mais que se condem os atos dessa
natureza. Chama-se a isso habilidade. Aperta-se a mão e coroam-se com títulos
os homens que desse modo procedem, enquanto se mete na prisão o desgraçado que
furtou um níquel para matar a fome dos filhos. O argentarismo sem piedade
ganha, assim, bilhões, pouco se lhe dando dos prejuízos alheios, das nações que
de digladiam, do sangue derramado nos campos de batalha, das viúvas e órfãos
sem pão, das economias de povos inteiros que se submergem nas voragens das
bolsas! A isso chama com razão a voz da Igreja immodica possidendi libido e isso é a grande causa das aflições por
que tem passado, vai passando e ainda há de passar o mundo.
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(...) Antes de nós, Integralistas,
ninguém fizera o povo brasileiro descer aos círculos dantescos desse inferno de
sua escravidão, que ele nem mesmo suspeitava e que é a grande causa de todas as
suas aflições. Nós resolvemos mostrar-lhe a verdade doa em quem doer, aconteça
o que acontecer!
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(...) É a idade que se caracteriza
pelo culto do êxito, pela materialização da vida, pela divinização do ouro,
pelo pragmatismo, sem o menor vislumbre de piedade para com os povos
escorchados. O capitalismo científico faz do capital uma abstração monstruosa
que vai devorar a sua própria sociedade com o monstro comunista que gerará.
(...)